16.1.14

há dias em que a única coisa que me sacia é a minha própria escuridão. a minha solidão, o meu próprio sofrimento. como se sentisse necessidade de estar ali, sozinha e dilacerada, naquele momento. é como se nem me apetecesse sair daquele estado de alma tão obscuro e tão meu. é uma vontade de não ter nada, de ser nada, de simplesmente desistir. partir para outro mundo, para outra vida.
e o meu corpo está tão pesado e as minha pernas tão cansadas. sou tão cheia de nada e farta de tudo. o meu pensamento consome-me a cada troca de energia entre neurónios, uma autêntica descarga eléctrica sobre todo o meu ser. e é então que eu penso pela milésima vez: que faço eu aqui?


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