14.10.11

hoje sinto-me especialmente sensível, aliás tenho-me sentido assim desde há algum tempo, talvez algo me tenha deixado frágil e por algum motivo ainda não consegui recuperar as minhas forças todas. 
voltando á minha velha e banal rotina:
hoje  não tive aulas de tarde e a minha mãe quis ir comprar a prenda para a minha irmã que faz anos no domingo. aceitei claro, pois algo que me pudesse livrar das 60 páginas que tenho que estudar para Historia e das mais não sei quantos para Geografia, era uma bom plano. 
chegamos, enquanto tentávamos decidir o que comprar  dávamos a volta ao shopping como alguém que sabe onde tem que ir mas não sabe como lá a chegar,  a minha irmã ligou. 
'' estou mãe,  eu e o Diogo vamos agora aí ao shopping ''
boa, ainda não tinhamos nada decidido nem nada comprado e para piorar as coisas a minha irmã vinha ter connosco.
 após termos visto algumas lojas e ter ouvido a minha irmão a falar das 1001 coisas que queria mas afinal não, já não era aquilo que queria, decidimos ir ao cinema. tentamos convencer a minha mãe a ir também, mas como sempre, recusou, usando a desculpa mais gasta de sempre: ''vou adormecer''. pois, como já te disse mãe, perdeste um dos filmes mais tocantes que já vi. 
amor. era isso que de que se tratava. alma gémea. mudar. não desistir. enfim, uma serie de conceitos que acabam por estar todos interligados entre si e todos eles englobados numa única palavra: amor.
''he's your soulmate, right? go get her back!''
'' I should have fight for you''
o filme era basicamente isto, e basicamente ou passava o filme a rir (visto que também tinha comédia), ou então, as lágrimas subitamente apareciam e eu fazia o maior esforço para não deixar que transbordassem dos olhos e me escorressem cara abaixo. 
como já tinha referido, a minha mãe não quis ver o filme.  foi para casa e supostamente ia passar o fim-de-semana, como sempre, á aldeia. mas desta vez as suas filhas iam ficar. como já conheço a minha mãe, tinha um pressentimento de que iria ficar, e assim foi. quando o filme acabou, tinha uma mensagem dela:
'' fiquei aqui, o filme já acabou?
vem aqui jantar ou eu vou ter com vocês?''

percebemos logo, premeditadamente, que a minha queria jantar no shopping e após lhe ligarmos assim foi. quando chegou e se sentou na mesa que escolhêramos, começamos logo a tentar implicar, no bom sentido, com ela:
'' eu já sabia que não ias, eu disse-te'' ; '' então sempre ficaste, já calculava que não fosses sem nós''

a minha mãe sorria, e após uma breve pausa, disse uma das coisas que mais me marcou. para os outros pode nao ser nada de especial, mas é a minha mãe, e mãe é sempre mãe, só eu percebo o que senti. 
'' oh, eu cheguei a casa e ia fazer os sacos mas senti um vazio...
senti um vazio assim aqui (e levou as mão até ao peito)...''
no inicio gozamos a sua frase 'filosófica' mas, lá no fundo, todas gostamos de ouvir aquilo, todos nos aconchegamos com aquela simples mas tão complexa frase.
mãe é simplesmente mãe.

hoje aconteceu algo sobre o qual me apeteceu escrever, algo que me tocou e me fez parar por um momento.






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